
Órgão regulador do futebol francês, o DNCG recebeu a vista de John Textor nesta sexta-feira para falar sobre o Lyon. Após reunião de mais de duas horas, o empresário americano, dono da Eagle Football, se mostrou otimista com a aprovação dos números do clube.
– A reunião correu bem. Estou confiante em nossos números. Nunca poderei ter certeza de como um regulador vê essas coisas. Acredito que a DNCG é independente de algumas das pressões que você vê, mas temos muitos inimigos, você sabe, na diretoria da liga, um grande clube do Catar. Não temos problemas de continuidade operacional e viabilidade financeira – afirmou Textor, segundo o “L’Équipe”, referindo-se ao PSG.
Na visão de Textor, que fará uma apresentação pública neste sábado, o debate anterior não levou em consideração a Eagle Football e a possibilidade de geração de receitas do grupo. Quando perguntado sobre a possibilidade de venda de jogadores como Cherki ou Fofana, o empresário americano respondeu por outro caminho e citou o Botafogo.
– Acho que é sempre errado falar sobre jogadores específicos. Isso é o que coloca medo nos corações dos fãs. Nós temos dois grandes elencos. Nós estamos otimizando nossos números. Compramos um clube que estava que quase falido na segunda divisão no Brasil e, dois anos depois, estamos no topo da tabela restando cinco jogos e estamos na final da Libertadores. Então, os fãs, confiam em mim. Eu disse (no Lyon) que não seríamos rebaixados no ano passado. E não só não fomos rebaixados, mas Deus nos sorriu e nós chegamos à Liga Europa também. Então, em termos de vendas de jogadores, isso é um negócio na França que se começa perdendo dinheiro todo ano a menos que vendamos jogadores. E vendemos 90 milhões de euros de jogadores por ano. Não se preocupe, não vai ser o seu jogador favorito, o seu melhor jogador, sem alguém que possa substitui-lo e jogar melhor. Nosso objetivo é ir para a Liga dos Campeões esse ano – explicou.
– Nós somos um multiclube. Nós temos uma abundância de jogadores no Lyon. Nós temos uma abundância de jogadores no Brasil. Nós temos, não sei quantos jogadores do time nacional do Brasil, quantos jogadores do time nacional da Argentina, quantos jogadores do time nacional da Bélgica, dos Estados Unidos, do Canadá, da Georgia, do Senegal, da França. Nós temos um monte de talento. Então, é o suficiente para debate financeiro. É hora de falarmos sobre futebol e temos o resto da temporada para olhar – declarou à “RMC Sport”.
– Portanto, todo o dinheiro dos nossos sucessos em outros lugares vai para o mesmo cofre e às vezes um pode ajudar o outro, o que realmente acontecerá nos próximos meses. Não deveríamos olhar apenas para o Lyon, mas para o fato de que somos um grupo com vários clubes. É a vantagem de ser uma multipropriedade que divide liquidez e recursos entre todos os clubes. É um relacionamento de compartilhamento, uma família, e ambas as partes se beneficiam à medida que subimos nas tabelas, de baixo para cima, em todos os mercados em que operamos. Estou confiante nos nossos números e a boa notícia é que a DNCG é independente, são pessoas muito inteligentes, contabilistas, financeiros, que conseguem olhar para os números. Vamos gerar vários milhões de dólares. Estamos adotando uma abordagem sustentável – completou John Textor.
Fonte: L’Équipe e RMC Sport