Artur Jorge critica cera e complacência da arbitragem: ‘Nós, Botafogo, temos muitos adversários’.

Técnico do Botafogo, Artur Jorge foi perguntado sobre a cera e o antijogo de adversários quando enfrentam o time alvinegro, como foi o Vitória, no empate em 1 a 1, neste sábado (23/11), no Estádio Nilton Santos, pela 35ª rodada do Brasileirão-2024. O português foi direto na resposta.

– Olha, nós temos a perfeita noção que nós, Botafogo, temos muitos adversários. E eu não posso, de forma alguma, estar aí a enumerá-los todos ou pelo menos a enumerar alguns que vocês até poderiam conhecer. Mas há coisas que nós não controlamos. Há coisas que nós não podemos manifestar e poder dizer que hoje levei cartão amarelo, é verdade. Levei porque manifestei outra vez contra aquilo que era termos uma equipe que esteve constantemente a quebrar o ritmo de jogo. E não me adianta para mim depois no final dar cinco minutos numa primeira metade e oito minutos na segunda metade para poder justificar aquilo que foi. Porque para mim o que é importante é quebra de ritmo constante. Não é o número de minutos que eu possa ter de ganhar ou não ter para jogar – explicou.

– É quebra constante de ritmo em que faz com que a equipe vá tendo essas quebras em termos de produtividade e fazendo com que haja uma diferença sobre aquilo que é uma equipe que procura jogar rápido, em ritmo alto, que procura ter uma dinâmica de jogo bem mais interessante para todos nós, particularmente para o futebol brasileiro, que me parece ser muito importante que o jogo possa ter esta vivacidade e não ser um jogo que nos dê algum tédio ou mesmo sono. E isto faz com que nós possamos, dentro de campo, tentar lutar contra isso. Faz com que a torcida também se sinta injustiçada face àquilo que pagou para ver um espetáculo e vê um espetáculo que é mais pobre do que aquilo que era suposto ser e que não é a sua própria equipa que contribui para isso. Mas isto nós não controlamos – ponderou.

O treinador considera que a arbitragem poderia coibir o antijogo.

– Nós temos que lidar com isto. E eu manifestei-me porque não gostei. Mais uma vez, é o segundo jogo consecutivo em que eu vejo um goleiro adversário constantemente a ficar com a bola e a não ter vontade de jogar. No caso não aconteceu, mas acontece muitas vezes ao minuto 80 a dar um cartão amarelo. Tardíssimo. Para mim, quando começar isso, aos 20 ou aos 30 minutos, tenho que levar o cartão amarelo. E quando fizer aos 40 ou aos 50, tenho que vir para a rua. Tem que ser isto, para mim, muito prático para podermos ter uma postura de jogo que seja ajustada para aquilo que é o futebol de alto rendimento, o futebol de alta competição. Tenho que ter esta vivacidade e não o contrário. Portanto, este é o meu ponto de vista. É a minha forma de ver as coisas. Não sei se estou certo ou errado, mas tenho a certeza de que me manifesto e produzo para que o espetáculo seja bem mais interessante do que propriamente estarmos a ter um jogo que possa ter meia dúzia de minutos de tempo útil, meia dúzia de minutos de emoção, meia dúzia de minutos em que a torcida se levante para vibrar. Não gosto de contribuir para isso dessa forma – avisou.

Fonte: Redação Nosso Botafogo

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